Estou muito triste, sei que hoje não só os jovens morreram nesta tragédia, mas morre um pouco a alma de todas as famílias que perderam seus filhos em Santa Maria, são muitos sonhos desfeitos, muitos jovens que tinham um lindo futuro pela frente, e como aceitar este acontecimento? Como aceitar a morte de tantos jovens que tinham planos para uma vida futura, como aceitar a dor de tantos pais que não verão seus filhos se formarem? Eu sei que é uma dor insuportável, é uma espada que entra em nosso coração nos ferindo todos os dias, são lágrimas que teimam em não parar de rolar de nossos olhos, Meu Deus nos ensine a aceitar a perda de quem mais amamos em nossa vida que são nossos filhos. Eu sinto muito por cada filho de vocês paizinhos que partiram hoje, eu acabei de postar os estágios do luto que li em um livro estes dias, mas na verdade só quem passa por eles é que pode avaliar todas estas fases, eu espero paizinhos que vocês tenham muita força para lutar pela vida novamente, tenham força e coragem para continuar dando amor as pessoas que ficaram na terra que amam muito vocês e se preocupam com vocês, não se revoltem contra Deus, peçam a todo momento para Ele lhes darem perseverança, coragem, fé e força para superar esta dor tão grande. Hoje, os filhos de vocês estão perto, abram o coração e poderão senti-los, mas de outra forma, o amor que sentimos por eles é muito maior do que a morte, e um dia iremos nos encontrar, não percam a esperança deste reencontro, vamos ser fortes por eles, eles não querem que a vida de vocês acabe, eles querem que vocês vivam, vivam por eles. Um grande abraço a todos do blog e em especial aos pais e parentes que perderam seus filhos na tragédia de Santa Maria.
TRADUTOR DE IDIOMAS
Leia agora o comentário mais recente do Blog Diário da Mãe de um Anjo.
domingo, 27 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
ÚLTIMO ESTÁGIO DO LUTO: LUTAMOS PARA CONFIRMAR A REALIDADE
Tirado do
livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg: Finalmente começamos a confirmar a
realidade. Quando passamos por qualquer experiência de sofrimento
significativa, saímos disso como pessoas diferentes. Dependendo da maneira como reagimos a esse acontecimento,
tanto podemos nos tornar pessoas mais fortes do que antes como mais frágeis ,
com o espírito mais vigoroso ou mais
adoentado. As pessoas cuja fé religiosa se mostra amadurecida e saudável saem
dessa experiência de uma forma que as torna mais capazes de ajudar outras
pessoas que enfrentam tragédias semelhantes. Existem muitas pessoas que
desenvolvem uma fé mais profunda em Deus como resultado de suas experiências de
dor. Aquelas que apresentam uma fé imatura ou infantil tendem a encarar a perda
de várias maneiras doentias. Algumas nunca trabalham realmente o luto, e meses,
ou mesmo anos mais tarde, ainda estão travando batalhas consigo mesmas. Pessoas espiritualmente mais maduras parecem ser
capazes de lutar com mais eficácia, porque são auxiliadas pela convicção de que
Deus está com elas. Elas não se sentem
como se tivessem que encarar o presente e o futuro sozinhas. É importante
a tarefa de nutrir a fé, porque tais pessoas demonstram grandeza ao se
encontrar sob provação. As pessoas de fé compreendem que a vida jamais voltará
a ser a mesma, mas começam a perceber que há muita vida a ser confirmada. E
confirmar algo equivale a dizer que isso é bom.
No momento de uma grande perda, pessoas
que possuem uma fé madura dão provas de um raro senso interior de força e
equilíbrio, que crescem a partir da confiança de que essa relação com Deus
nunca lhes pode ser tirada. Tendo essa filosofia como base, conseguem enfrentar
qualquer perda terrena, com a compreensão de que ainda assim não perderam tudo.
Ainda têm um Deus em quem confiar. Esse
jeito de ver a vida faz uma diferença surpreendente na qualidade da experiência
do luto. Quando iniciamos a batalha pela afirmação da realidade, descobrimos
que não precisamos temer o mundo real. Podemos viver nele novamente. Podemos
até amá-lo novamente. Por um momento, chegamos a pensar que não havia nada na
vida que pudesse ser por nós confirmado.
Agora as nuvens negras estão começando a se dissipar e, ocasionalmente,
durante breves momentos ,raios de sol passam a atravessá-las . E a esperança,
baseada na fé em um Deus que nossos pais
constataram ser autêntico, uma vez mais se torna parte de nossa própria
perspectiva a respeito da vida. Apesar de continuarmos a lutar, nós confirmamos, sim, a realidade.
NONO ESTÁGIO DO LUTO: GRADUALMENTE NOSSA ESPERANÇA TRIUNFA
Tirado do
livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg: De vez em quando, temos um pequeno
vislumbre de esperança em uma ou outra experiência. Essa nuvem que esteve tão
escura começa a se dissipar, e raios de luz passam através dela. Podemos estar vivendo uma grande tristeza seja onde for,
por algumas semanas ou muitos meses. Nunca sabemos bem ao certo quanto tempo a
tristeza vai durar. Devemos nos lembrar de que não há duas pessoas iguais,
assim como não há duas situações de luto idênticas. Seria um equívoco deixar a impressão de que somos menos humanos
se não expressarmos nossos sentimentos
abertamente. Algumas pessoas simplesmente não expressam emoções e não
precisam disso. Não precisam nem querem alguém se intrometendo em sua vida, tentando ajudá-las a superar a
sua dor. Cedo percebemos, se tentamos impor nossa presença a alguém assim, que
é melhor deixar que essa pessoa resolva o problema e nos chame se e quando for
necessário. A grande maioria de nós, no entanto, precisa expressar as emoções.
Necessitamos do afeto e incentivo de outras pessoas dirigidos a nós.
Descobrimos que outras experiências de vida podem se mostrar novamente cheias
de significado. Liebman diz: A melodia que a pessoa amada tocou no piano de
nossa vida jamais será executada
exatamente da mesma forma, mas não devemos fechar o teclado e permitir que o
instrumento acumule poeira. Temos que procurar outros artistas do espírito,
novos amigos que aos poucos irão nos ajudar a encontrar o caminho de volta à vida,
que vão caminhar nessa estrada conosco.
ESTÁGIOS DO LUTO- OITAVO ESTÁGIO: RESISTIMOS A NOS RESTABELECER
Tirado do
livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg-
Já falamos
sobre sete estágios do luto conforme Granger, agora falaremos sobre o oitavo
estágio do luto: Embora possamos estar lidando bem com o nosso processo de luto
e queiramos de fato retomar nossas atividades habituais, algo dentro de nós
resiste em regressar. Nossa perda foi um tanto excepcional, e sentimos que os
outros simplesmente não compreendem a dimensão dela. Eles parecem distantes,
falando de outras coisas, e somos deixados de lado com nossa dor. Todos
esqueceram a nossa tragédia. Alguém tem que manter viva essa memória. Não
devemos permitir que as coisas voltem ao seu normal. A maioria das pessoas não
tem tempo para ajudar a trabalhar as perdas umas das outras. Raramente
experimentamos a sensação de ter concluído o trabalho de luto. Também achamos
que, ao tentar retomar a vida, esse processo se mostra muito doloroso. Preferimos sofrer a enfrentar a batalha de lidar com situações
novas. Sentimo-nos mais confortáveis em nossa dor do que em um imprevisível
mundo novo. Queremos conservar o que nos é familiar. Há outras razões
associadas para se resistir ao retorno. Nosso estilo de vida moderno torna
muito difícil lamentar qualquer perda na presença de outras pessoas. Somos
obrigados a carregar toda a tristeza dentro de nós. E qual é a parte da tarefa
dos amigos? A de ajudar a manter viva a memória dos entes queridos, demonstrar
preocupação uns para com os outros, particularmente quando alguém sofreu uma
grande perda. É uma sensação maravilhosa saber que alguém ainda se lembra dele.
A maioria das pessoas que estão sofrendo
tem muita consideração com os outros. Elas não querem atirar seus problemas
sobre outras pessoas. A qualidade de nosso interesse pessoal nessas pessoas
pode demonstrar que desejamos dividir o fardo com elas.
domingo, 20 de janeiro de 2013
SÉTIMO ESTÁGIO DO LUTO: FICAMOS CHEIOS DE RAIVA E RESSENTIMENTO
Tirado do
livro : Perdas e Luto de Granger E. Westberg:
Gradualmente,
vamos conseguindo sair da depressão, e assim podemos nos tornar mais capazes de
expressar alguns dos fortes sentimento de ressentimento e raiva que podemos nem
sequer ter percebido. Esses sentimentos
são normais em todos os seres humanos e
que mesmo as pessoas mais devotas podem muito bem experimentar a raiva e o ressentimento, embora tentemos com muito afinco sublimá-los.
Seria muito prejudicial se não pudéssemos admitir para nós mesmos, para Deus e para
nossos amigos, que nós, seres humanos, precisamos confessar nossa raiva e ressentimento, e pedir forças para superá-los. Outra maneira de exprimir isso é dizer que
esse ressentimento não é uma emoção saudável
e, se for permitido que, assuma o controle, pode ser muito, muito nocivo. No
entanto ele é parte natural do processo de luto. É de se esperar que ele
ocorra, é um sentimento contra o qual se deve lutar e que pode, pela graça de
Deus, ser superado. Quando algo precioso
nos é tirado, inevitavelmente passamos por uma fase em que nos mostramos muito críticos
em relação a tudo e a todos que estiveram relacionados à perda. Não poupamos
ninguém em nossa análise sistemática do evento, tentando entender exatamente por que isso aconteceu, e de quem seria a culpa. O ser humano está sempre procurando alguém
para culpar. Se perdemos alguém por
motivo de morte, expressamos hostilidade contra qualquer um que tenha cuidado
do paciente. Mostramo-nos hostis para com o médico porque ele fez a operação,
ou nos mostramos hostis para com ele pelo fato de ele não ter operado. Não importa
o que o médico tenha feito, aquilo foi um erro. Enquanto estamos mergulhados
nesse estado de espírito, contemplamos a todos com olhos desconfiados.
SEXTO ESTÁGIO DO LUTO: APRESENTAMOS UM SENTIMENTO DE CULPA EM RELAÇÃO À PERDA
Tirado do
livro: Perdas e Luto de Granger E. Westberg:
Logo no
inicio devemos fazer a distinção entre
culpa normal e culpa neurótica. De um modo geral, a culpa normal é a que
sentimos quando fizemos algo ou deixamos
de fazer alguma coisa pela qual deveríamos, pelos padrões de nossa sociedade, nos sentir culpados. A culpa neurótica está
em nos sentirmos culpados de modo desproporcional ao nosso real envolvimento em
um determinado problema. Quando perdemos
alguém que amamos por motivo de morte, seria difícil conceber que qualquer um
de nós que tenha vivido próximo a essa pessoa que partiu não se sentisse
culpado por certas coisas que tenha deixado de fazer por essa pessoa quando ela
estava viva, ou pelo que quer que tenha feito que a deixara ferida. Sabemos que
pecamos contra essa pessoa por pensamentos, palavras e atos, e nossa formação
religiosa diz que devemos encarar nossos pecados, e nos sentir culpados por
eles. É sempre difícil separar completamente um tipo de culpa do outro. Toda
pessoa apresenta algum sentimento de culpa neurótico. É importante falar sobre
o problema da culpa com alguém que compreenda que essa culpa não é nada além de
um sintoma de algo mais profundo, e assim
passaríamos a entender como lidar com esta culpa neurótica, sem ter que
ficar tão infeliz. Se esta culpa não for trabalhada , isto pode dificultar o
completo progresso no mecanismo de volta
à vida. Culpa não resolvida e emoções mal-entendidas desse tipo podem nos tornar miseráveis durante anos, ou vir à
tona em uma variedade de sintomas físicos de angústia. É importante que
encaremos tanto a nossa culpa normal como a neurótica. Não devemos ter medo ou
vergonha de falar sobre nossos sentimentos ou nossa culpa com aqueles que foram
treinados para nos ajudar.
domingo, 13 de janeiro de 2013
QUARTO E QUINTO ESTÁGIO DO LUTO: PODEMOS APRESENTAR SINTOMAS FÍSICOS DE ANGÚSTIA E PODEMOS ENTRAR EM PÂNICO
Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg: Muitas pessoas ficam doentes devido a uma situação de luto
não resolvida, existe uma relação mais forte do que jamais imaginamos entre a
doença e a forma como a pessoa lida com uma grande perda. Algumas dessas
pessoas que apresentam sintomas físicos
de angústia pararam em um dos estágios que compõem os dez estágios do processo
de luto. A menos que alguém possa ajudá-las a lidar com os problemas emocionais
envolvidos no estágio em que parecem ter se fixado, elas permanecerão doentes.
Nenhuma dose de medicamento mudará significativamente a situação. No quinto
estágio encontramo-nos entrando em pânico porque não conseguimos pensar em mais
nada além da perda. Simplesmente não conseguimos nos concentrar em nada. Vários
pensamentos desagradáveis nos atinge, a incapacidade de se concentrar em tempos
de luto é tão natural quanto seria de se imaginar. Seria ainda mais
estranho se pudéssemos facilmente pôr nossa dor de lado nos assuntos de rotina. Quando algo se
mostrou extremamente importante para nós durante um longo tempo, e então nos
foi tirado, não podemos deixar de nos sentir constantemente atraídos para o
objeto de nossa perda. E sofremos diariamente ao travar uma luta com a
compreensão que gradualmente desponta de que aquilo se foi para sempre. Quando uma pessoa começa a se preocupar em relação
a perder a cabeça, muitas vezes entra em pânico. Torna-se quase paralisada pelo
medo. Com frequência, isso é fruto do medo do desconhecido, ou medo de algo que
ela não compreende , e que a leva a este estado de pânico. É importante que
entendamos alguma coisa acerca do processo do luto antes da crise, de modo que
possamos eliminar o pânico que acompanha o medo do desconhecido. É o medo de
achar que estamos passando por algo totalmente anormal o que nos lança no mais
profundo desespero. Mas não há nada de anormal nisso, ao contrário, é
reconfortante saber que mesmo o pânico é normal. Para ajudar a nós mesmos a
atravessar esse período em que não conseguimos pensar em nada que não seja a
nossa perda, precisamos estar abertos a novas e diferentes relações humanas. Em um momento com esse, tudo o que
queremos é fugir da vida. A última coisa que gostaríamos de fazer é
experimentar qualquer novidade. Podemos pensar em uma centena de diferentes
razões porque preferimos ficar em casa e permanecer melancólicos a sair e nos
sentirmos obrigados a ser gentis com as pessoas e conceber pensamentos novos.
Tal atitude é natural, é de se esperar. Não devemos, contudo, mergulhar em
nossa melancolia, pois ela só irá prolongar o nosso processo de luto.
O LUTO E SEUS ESTÁGIOS- O TERCEIRO ESTÁGIO DO LUTO: SENTIMO-NOS DEPRIMIDOS E MUITO SOLITÁRIOS
Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg:
Eventualmente surge um sentimento de depressão e isolamento absolutos. É como
se Deus não estivesse mais no céu, como se Ele não se importasse conosco. É
durante esses dias que temos a certeza
de que ninguém jamais sofreu como estamos sofrendo. Quando nos encontramos nas
profundezas do desespero, devemos nos lembrar de que isso é de se esperar após
qualquer perda significativa , e que tal depressão é normal e faz parte de um benéfico
luto saudável. É como acontece com a depressão. Algo parece ocorrer entre a
pessoa e seus semelhantes, de modo que ela sente uma solidão imensa, uma
terrível sensação de isolamento. E é
como se não conseguisse romper isso. Quando estamos deprimidos , encontramo-nos
às voltas com pensamentos que nunca tivemos em outras circunstâncias. Dizemos que Deus não se importa conosco.
Podemos até duvidar de que exista um
Deus. A depressão não é algo exclusivo apenas para você ou para mim. É uma
experiência que parece acontecer a todos quando algo ou alguém que amam , assim
como os seus mais caros tesouros , lhe são tirados. E, durante o período em que estamos deprimidos, é como se, no fundo , estivéssemos dizendo: Onde está
meu Deus? O próprio Jesus enfrentou essa solidão, quando na cruz clamou: Meu
Deus, meu Deus, porque me abandonaste? O que nunca devemos esquecer sobre a experiência
da depressão é que um dia isso vai passar. Os dias sombrios não duram para
sempre. As nuvens estão sempre se movendo, embora muito lentamente. A pessoa que se encontra em meio a uma
depressão está certa, naturalmente, de que as nuvens não estão se
deslocando. Ela está convencida de que este é um estado no qual ela vai permanecer para o resto de sua vida. Qualquer tentativa
de tentar convencê-la do contrário é
inútil. Todavia , a experiência humana através dos séculos tem sido a de que as
nuvens negras da depressão vão se deslocando, elas de fato passam. Uma das coisas mais úteis que podemos fazer
por um amigo num momento como esse é permanecer
ao lado dele em serena convicção e assegurar-lhe de que aquilo também irá passar. Para algumas pessoas, as
nuvens se dissipam aparentemente todas de uma vez. Algo acontece dentro delas, ou algum evento
importante desencadeia um movimento em direção a próxima fase do luto. Para outros é mais
demorado, e as semanas se esticam em meses. Tais pessoas podem ser ajudadas
pelo interesse constante e consistente daqueles que realmente se preocupam com
elas. Naa próxima postagem falaremos sobre o quarto estágio do luto: Podemos apresentar
sintomas físicos de angústia
O LUTO E SEUS ESTÁGIOS- O TERCEIRO ESTÁGIO DO LUTO: SENTIMO-NOS DEPRIMIDOS E MUITO SOLITÁRIOS
Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg:
Eventualmente surge um sentimento de depressão e isolamento absolutos. É como
se Deus não estivesse mais no céu, como se Ele não se importasse conosco. É
durante esses dias que temos a certeza
de que ninguém jamais sofreu como estamos sofrendo. Quando nos encontramos nas
profundezas do desespero, devemos nos lembrar de que isso é de se esperar após
qualquer perda significativa , e que tal depressão é normal e faz parte de um benéfico
luto saudável. É como acontece com a depressão. Algo parece ocorrer entre a
pessoa e seus semelhantes, de modo que ela sente uma solidão imensa, uma
terrível sensação de isolamento. E é
como se não conseguisse romper isso. Quando estamos deprimidos , encontramo-nos
às voltas com pensamentos que nunca tivemos em outras circunstâncias. Dizemos que Deus não se importa conosco.
Podemos até duvidar de que exista um
Deus. A depressão não é algo exclusivo apenas para você ou para mim. É uma
experiência que parece acontecer a todos quando algo ou alguém que amam , assim
como os seus mais caros tesouros , lhe são tirados. E, durante o período em que estamos deprimidos, é como se, no fundo , estivéssemos dizendo: Onde está
meu Deus? O próprio Jesus enfrentou essa solidão, quando na cruz clamou: Meu
Deus, meu Deus, porque me abandonaste? O que nunca devemos esquecer sobre a experiência
da depressão é que um dia isso vai passar. Os dias sombrios não duram para
sempre. As nuvens estão sempre se movendo, embora muito lentamente. A pessoa que se encontra em meio a uma
depressão está certa, naturalmente, de que as nuvens não estão se
deslocando. Ela está convencida de que este é um estado no qual ela vai permanecer para o resto de sua vida. Qualquer tentativa
de tentar convencê-la do contrário é
inútil. Todavia , a experiência humana através dos séculos tem sido a de que as
nuvens negras da depressão vão se deslocando, elas de fato passam. Uma das coisas mais úteis que podemos fazer
por um amigo num momento como esse é permanecer
ao lado dele em serena convicção e assegurar-lhe de que aquilo também irá passar. Para algumas pessoas, as
nuvens se dissipam aparentemente todas de uma vez. Algo acontece dentro delas, ou algum evento
importante desencadeia um movimento em direção a próxima fase do luto. Para outros é mais
demorado, e as semanas se esticam em meses. Tais pessoas podem ser ajudadas
pelo interesse constante e consistente daqueles que realmente se preocupam com
elas. Naa próxima postagem falaremos sobre o quarto estágio do luto: Podemos apresentar
sintomas físicos de angústia
sábado, 12 de janeiro de 2013
SEGUNDO ESTÁGIO DO LUTO: EXPRESSAMOS EMOÇÕES
Tirado do livro
Perdas e Luto de Granger E. Westberg: A
emoção é essencial para o ser humano e tentar reprimi-la é tornar alguém menos
humano. Refrear a emoção desnecessariamente é prejudicar a nós mesmos. Devemos
expressar a dor que vivenciamos. A liberação emocional acontece na mesma época
em que começa a despontar a constatação do quão terrível é a nossa perda. Às
vezes, sem qualquer aviso, nos vem uma urgência incontrolável de expressar a
nossa tristeza. E é exatamente isso o que devemos fazer: nos permitir expressar
as emoções que realmente sentimos. Devemos chorar sempre que quisermos, mesmo
os homens que são educados para não chorar, reter o choro só faz mal para
qualquer pessoa. Abordaremos o terceiro estágio na próxima postagem:
Sentimo-nos deprimidos e muito solitários
PRIMEIRO ESTÁGIO DO LUTO – ENTRAMOS EM ESTADO DE CHOQUE- COMO AJUDAR NESTE ESTÁGIO DE LUTO?
Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg: Deus
nos fez de tal forma que podemos, de
algum modo, suportar a dor e o sofrimento
e até mesmo a tragédia. Todavia, quando a dor é esmagadora, às vezes
permanecemos temporariamente anestesiados em resposta a experiência trágica.
Somos gratos a essa anestesia temporária, porque ela não permite que
enfrentemos a cruel realidade de uma só vez. Esse estado de choque, pode durar
de alguns minutos a algumas horas ou
alguns dias. Se ele perdura por semanas, provavelmente se trata de um
sofrimento doentio e a ajuda profissional deve ser procurada.
Frequentemente o choque se apresenta nos primeiros estágios do
tempo de luto. Às vezes quando a pessoa parece serena demais em um velório é
porque ela está anestesiada e isto ajuda a pessoa estar pronta para avançar em direção ao
próximo estágio do luto. Depois desta anestesia, esta fortaleza deverá se
quebrar e é importante depois disto
encararmos a nós mesmos, podemos e devemos nos debulhar em lágrimas e expressar
abertamente as emoções que não sentimos capazes de admitir anteriormente. O
choque é uma fuga temporária da realidade. Enquanto for temporário , ele é
benéfico. Mas se uma pessoa prefere permanecer nesse mundo dos sonhos em vez de
encarar a realidade de sua perda, obviamente isso seria algo bastante doentio.
Esta é uma das razões pela quais nos é útil permanecer bastante ocupados e
continuar a exercer as nossas atividades habituas o máximo possível durante o
período de crise. Certamente, não é bom ter alguém que assuma completamente o
controle de tudo nesse momento, e que
tome todas as decisões por nós. Parentes e amigos bem- intencionados podem
dificultar o processo do luto, forçando-nos a permanecer inativos. Quanto mais
cedo a pessoa precisa lutar com os problemas de ordem imediata e voltar a tomar
decisões, melhor. Esteja próximo da
pessoa e disponível para ajudá-la se tudo parecer ruim, mas, de modo geral, não
tire dela o valor terapêutico de deixar que faça por si mesma aquilo que
conseguir. É isso o que irá ajudá-la bastante a sair de seu estado de choque e
dar sequência ao processo de luto . Mesmo saindo do estado de choque inicial,
sem dúvida alguma a pessoa irá experimentar, nos dias e meses que se seguem ,
tempos em que o fantasma da perda irá revisitá-la. De vez em quando ela dirá :
Não posso acreditar que isto tenha
acontecido. Conscientemente, eu sei que aconteceu, mas acho que emocionalmente
eu não aceitei isso, de fato. Para todos
nós, o maios obstáculo é aceitar emocionalmente os fatos. Simplesmente não
queremos acreditar neles, e então de modo inconsciente, colocamos tantas
barreiras no caminho quantas forem possíveis , fazendo da aceitação total um
processo muito lento. No próximo tópico
abordaremos o segundo estágio do luto
COMO ENFRENTAR O LUTO? COMO ACEITAR A PERDA DE ALGUÉM QUERIDO? COMO LIDAR COM O SOFRIMENTO DE UMA MANEIRA SAUDÁVEL
Tudo o que escreverei a partir de hoje em várias
postagens tirei do livro: Perdas e Luto
de Granger E. Westberg, são tópicos muito importantes para ajudar a elaborar o
luto e enfrenta-lo, achei um livro muito interessante para pessoas em luto e
dividirei com vocês assuntos que podem
ajudar pessoas em luto também, veremos os padrões do sofrimento e o que podemos
aprender com ele, os estágios do processo de cura presentes no luto. Aprendi que saímos de nossa experiência de dor como seres
humanos mais fortes e maduros, porque entramos no mais profundo desespero de
nossa vida em perdermos um filho, eu pelo menos saí com mais força para poder
ajudar os outros , a nossa vida é toda revirada , entramos no maior desânimo de
nossa vida, entramos em pânico e neste
momento a fé desempenha um papel fundamental no processo do luto. Há diversas
maneiras de sofrer, a positiva e a negativa, e qual é a
diferença entre a tristeza mórbida e a anormal? Quem está em luto precisa ser
ajudado a se libertar da dependência em relação aquilo que se foi e encontrar
outras coisas que vão recompensar esta grande dor. Nós ficamos perturbados,
inquietos em relação a imagem da pessoa que se foi ou do passado, sentimos culpa, temos reações agressivas e conduta completamente diferente da normal. As
pessoas que enfrentam suas perdas desafiando aberta e honestamente o problema ,
conseguem atravessar a experiência do luto saindo-se mais fortes, profundos e
capazes de ajudar outras pessoas em suas dores.
Temos que enfrentar nosso sofrimento conscientes que Deus ainda se preocupa conosco. A partir de agora
nós vamos aprender os dez estágios do luto.
Assinar:
Postagens (Atom)