Tirado do
livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg-
Já falamos
sobre sete estágios do luto conforme Granger, agora falaremos sobre o oitavo
estágio do luto: Embora possamos estar lidando bem com o nosso processo de luto
e queiramos de fato retomar nossas atividades habituais, algo dentro de nós
resiste em regressar. Nossa perda foi um tanto excepcional, e sentimos que os
outros simplesmente não compreendem a dimensão dela. Eles parecem distantes,
falando de outras coisas, e somos deixados de lado com nossa dor. Todos
esqueceram a nossa tragédia. Alguém tem que manter viva essa memória. Não
devemos permitir que as coisas voltem ao seu normal. A maioria das pessoas não
tem tempo para ajudar a trabalhar as perdas umas das outras. Raramente
experimentamos a sensação de ter concluído o trabalho de luto. Também achamos
que, ao tentar retomar a vida, esse processo se mostra muito doloroso. Preferimos sofrer a enfrentar a batalha de lidar com situações
novas. Sentimo-nos mais confortáveis em nossa dor do que em um imprevisível
mundo novo. Queremos conservar o que nos é familiar. Há outras razões
associadas para se resistir ao retorno. Nosso estilo de vida moderno torna
muito difícil lamentar qualquer perda na presença de outras pessoas. Somos
obrigados a carregar toda a tristeza dentro de nós. E qual é a parte da tarefa
dos amigos? A de ajudar a manter viva a memória dos entes queridos, demonstrar
preocupação uns para com os outros, particularmente quando alguém sofreu uma
grande perda. É uma sensação maravilhosa saber que alguém ainda se lembra dele.
A maioria das pessoas que estão sofrendo
tem muita consideração com os outros. Elas não querem atirar seus problemas
sobre outras pessoas. A qualidade de nosso interesse pessoal nessas pessoas
pode demonstrar que desejamos dividir o fardo com elas.
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