Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg: Muitas pessoas ficam doentes devido a uma situação de luto
não resolvida, existe uma relação mais forte do que jamais imaginamos entre a
doença e a forma como a pessoa lida com uma grande perda. Algumas dessas
pessoas que apresentam sintomas físicos
de angústia pararam em um dos estágios que compõem os dez estágios do processo
de luto. A menos que alguém possa ajudá-las a lidar com os problemas emocionais
envolvidos no estágio em que parecem ter se fixado, elas permanecerão doentes.
Nenhuma dose de medicamento mudará significativamente a situação. No quinto
estágio encontramo-nos entrando em pânico porque não conseguimos pensar em mais
nada além da perda. Simplesmente não conseguimos nos concentrar em nada. Vários
pensamentos desagradáveis nos atinge, a incapacidade de se concentrar em tempos
de luto é tão natural quanto seria de se imaginar. Seria ainda mais
estranho se pudéssemos facilmente pôr nossa dor de lado nos assuntos de rotina. Quando algo se
mostrou extremamente importante para nós durante um longo tempo, e então nos
foi tirado, não podemos deixar de nos sentir constantemente atraídos para o
objeto de nossa perda. E sofremos diariamente ao travar uma luta com a
compreensão que gradualmente desponta de que aquilo se foi para sempre. Quando uma pessoa começa a se preocupar em relação
a perder a cabeça, muitas vezes entra em pânico. Torna-se quase paralisada pelo
medo. Com frequência, isso é fruto do medo do desconhecido, ou medo de algo que
ela não compreende , e que a leva a este estado de pânico. É importante que
entendamos alguma coisa acerca do processo do luto antes da crise, de modo que
possamos eliminar o pânico que acompanha o medo do desconhecido. É o medo de
achar que estamos passando por algo totalmente anormal o que nos lança no mais
profundo desespero. Mas não há nada de anormal nisso, ao contrário, é
reconfortante saber que mesmo o pânico é normal. Para ajudar a nós mesmos a
atravessar esse período em que não conseguimos pensar em nada que não seja a
nossa perda, precisamos estar abertos a novas e diferentes relações humanas. Em um momento com esse, tudo o que
queremos é fugir da vida. A última coisa que gostaríamos de fazer é
experimentar qualquer novidade. Podemos pensar em uma centena de diferentes
razões porque preferimos ficar em casa e permanecer melancólicos a sair e nos
sentirmos obrigados a ser gentis com as pessoas e conceber pensamentos novos.
Tal atitude é natural, é de se esperar. Não devemos, contudo, mergulhar em
nossa melancolia, pois ela só irá prolongar o nosso processo de luto.
TRADUTOR DE IDIOMAS
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domingo, 13 de janeiro de 2013
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