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domingo, 13 de janeiro de 2013

QUARTO E QUINTO ESTÁGIO DO LUTO: PODEMOS APRESENTAR SINTOMAS FÍSICOS DE ANGÚSTIA E PODEMOS ENTRAR EM PÂNICO


Tirado do livro Perdas e Luto de Granger E. Westberg:  Muitas pessoas  ficam doentes devido a uma situação de luto não resolvida, existe uma relação mais forte do que jamais imaginamos entre a doença e a forma como a pessoa lida com uma grande perda. Algumas dessas pessoas que apresentam sintomas  físicos de angústia pararam em um dos estágios que compõem os dez estágios do processo de luto. A menos que alguém possa ajudá-las a lidar com os problemas emocionais envolvidos no estágio em que parecem ter se fixado, elas permanecerão doentes. Nenhuma dose de medicamento mudará significativamente a situação. No quinto estágio encontramo-nos entrando em pânico porque não conseguimos pensar em mais nada além da perda. Simplesmente não conseguimos nos concentrar em nada. Vários pensamentos desagradáveis nos atinge, a incapacidade de se concentrar em tempos de luto  é tão natural  quanto seria de se imaginar. Seria ainda mais estranho se pudéssemos facilmente pôr nossa dor de lado  nos assuntos de rotina. Quando algo se mostrou extremamente importante para nós durante um longo tempo, e então nos foi tirado, não podemos deixar de nos sentir constantemente atraídos para o objeto de nossa perda. E sofremos diariamente ao travar uma luta com a compreensão que gradualmente desponta de que aquilo se foi para sempre.  Quando uma pessoa começa a se preocupar em relação a perder a cabeça, muitas vezes entra em pânico. Torna-se quase paralisada pelo medo. Com frequência, isso é fruto do medo do desconhecido, ou medo de algo que ela não compreende , e que a leva a este estado de pânico. É importante que entendamos alguma coisa acerca do processo do luto antes da crise, de modo que possamos eliminar o pânico que acompanha o medo do desconhecido. É o medo de achar que estamos passando por algo totalmente anormal o que nos lança no mais profundo desespero. Mas não há nada de anormal nisso, ao contrário, é reconfortante saber que mesmo o pânico é normal. Para ajudar a nós mesmos a atravessar esse período em que não conseguimos pensar em nada que não seja a nossa perda, precisamos estar abertos a novas e diferentes relações  humanas. Em um momento com esse, tudo o que queremos é fugir da vida. A última coisa que gostaríamos de fazer é experimentar qualquer novidade. Podemos pensar em uma centena de diferentes razões porque preferimos ficar em casa e permanecer melancólicos a sair e nos sentirmos obrigados a ser gentis com as pessoas e conceber pensamentos novos. Tal atitude é natural, é de se esperar. Não devemos, contudo, mergulhar em nossa melancolia, pois ela só irá prolongar o nosso processo de luto.

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