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By Ferramentas Blog

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terça-feira, 23 de março de 2010

DIA 23 DE MARÇO DE 2009 – SEGUNDA-FEIRA- PRIMEIRO DIA DO COMA







Ele não voltou do coma, , começamos a orar e fazer os terços, eu fui visitá-lo na UTI e ele estava lindo, com um olhar de anjo, mas vê-lo com todos aqueles tubos foi como se eu estivesse ali, sentindo tudo o que ele estava sentindo, meu Deus, será que meu menino iria acordar no outro dia? Meu menino não teve nenhuma melhora, e mandaram a gente sair do quarto, fui para o corredor, chegavam muitas pessoas o tempo todo, muitas crianças, professores do colégio, muitos amigos, o médico neuro se aproxima, e me diz: Seu filho tem 5% de chances, ele está com os sinais vitais comprometidos, não posso fazer cirurgia neste estado. Fiquei mais desesperada ainda, íamos a todo momento na capela do Hospital, comecei a receber água benta, medalhas , paninhos para passar em seu corpo, pílula do Frei Galvão, tudo o que eu recebia, ele recebeu, eu o via 02 vezes por dia na UTI , e comecei a querer conversar com outros médicos também, consegui mandar através da internet por email , depois de falar com a secretária de um dos maiores neurologistas de São Paulo que operava pessoas em coma, mandei o exame e já estava procurando UTI móvel, mas a resposta foi negativa, ele não iria aceitar meu filho, naquele momento apenas um milagre, e lembrei dos meus pressentimentos de mãe desde que ele nasceu, eu sempre olhava para ele dormindo perto de mim desde bebê e eu sentia que não iria tê-lo muito tempo, tanto é verdade que em Janeiro ( ele faleceu em Março), eu disse para uma amiga: Sinto que meu filho não vai viver muito tempo perto de mim, ela disse que eu estava falando uma grande bobagem, mas eu sonhava que ele estava indo embora, eu sentia, não sei como, mas eu sabia, mas ainda tinha esperança, ele ainda respirava, as orações continuaram, tive que sair do quarto e fui para o corredor, a escada ficou cheia de gente e lá mesmo fazíamos nossas orações, mas como eram muitas pessoas, consegui pagar um quarto para ficar lá, não saí nenhum momento daquele hospital, eu precisava estar perto dele, e quando eu entrava na UTI a todo momento eu dizia o quanto o amava, eu fazia muitos carinhos nele, eu o beijava muito e pedia para ele voltar, mais uma noite chegava e nada do meu menino melhorar., neste mesmo dia meu pai e sua esposa que considero uma segunda mãe para mim chegaram do Paraná, ele amava o vô querido dele, aquele que o ensinou a pescar, eu estava rodeada de amigos que choravam comigo, mas só Deus sabia o que ia em meu coração, ele estava estraçalhado pela dor, mas ainda cheio de esperança, na capela eu não conseguia me conter, minhas amigas tinham que me amparar, eu precisava de braços naquele momento e eu tinha....mas quem sabe amanhã ele vai acordar, quem sabe....

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